Miróbriga: sua valorização e caracterização
DOI:
https://doi.org/10.21071/aac.v0i.11308Abstract
O Sítio Arqueológico de Miróbriga, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1940, afecto ao Instituto Português do Património Arquitectónico desde 1982, situa-se no Sudoeste alentejano, nas proximidades da cidade de Santiago de Cacém, sede de concelho com o mesmo nome. Miróbriga foi habitada desde, pelo menos, a Idade do Ferro, quando a zona de cumeada é ocupada por povos de possível raiz céltica, como se pode deduzir pelo topónimo terminado em «briga». A partir de, pelo menos, o século II a.C. Miróbriga entra na esfera de influência romana, e no século I d.C. foi implementado um programa de amplas construçôes, tendo-se estendido o aglomerado urbano também para as zonas mais baixas. Interpretado como um Santuário por alguns investigadores, Miróbriga tratase de um aglomerado urbano com as características comuns a cidades provinciais do Impèrio. Na zona mais elevada e sobrepondo-se à ocupação anterior, foi edificado um forum com um templo centralizado, consagrado ao culto imperial, e um outro templo possivelmente dedicado a Vénus. Essa praça pública é ladeada de construções que se deverão tratar das edificações comuns aos fora provinciais, tais como a cúria e a basílica. A Sul e Oeste da praça pública desenvolve-se uma zona comercial, constituída por várias tabernae que fazem como que cinturas ou «anéis» em relação ao centro da cidade, sendo conhecidas algumas das calçadas dessas «circunvalações». As termas de Miróbriga, uma das melhor conservadas em território português, são compostas por dois edifícios, provavelmente dedicados cada um deles a homens e a mulheres. As zonas habitacionais são ainda mal conhecidas. São, no entanto, visíveis algumas insulae ao longo das calçadas que atravessam o aglomerado urbano. Afastado do centro situava-se um hipódromo, o único conhecido em território actualmente português, onde se realizavam os espectáculos hípicos.Downloads
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Pubblicato
1998-09-01
Come citare
SANTOS BARATA, M. F. (1998). Miróbriga: sua valorização e caracterização. Anales De Arquelogía Cordobesa, 59–129. https://doi.org/10.21071/aac.v0i.11308
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