As nobrezas secundogénitas no império ultramarino português. Um estudo de caso (sécs. XVI e XVII)

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Joâo de Figueiroa Rego

Résumé

Ao longo das últimas décadas, a historiografia não se coibiu de repisar algumas ideias feitas em torno do papel em sociedade dos filhos, não primogénitos, das nobrezas. Fê-lo, em particular, quando abordou questões relativas ao envolvimento desses grupos na construção dos impérios ultramarinos. Em traço largo, tendeu-se a definir os secundogénitos como um problema, primeiro familiar, depois social,a que urgira dar resposta. Face à necessidade implícita de aliviar tensões e de corresponder a expectativa de mercês, impelira-se toda essa mole humana para o esforço expansionista. Originou-se, deste modo, um retrato simplista e redutor. Contudo, existem algumas excepções, ou seja, perspectivas de abordagem inovadoras, que introduziram ângulos configuradores numa geometria descritiva essencial ao redesenhar teórico. É com elas (e a partir delas) que se procurará dialogar. Do ponto de vista metodológico, não se tornará, decerto, redundante insistir na necessidade de fixar padrões prosopográficos, para aferir quais as coincidências, inocentes ou intencionais, em toda esta problemática. O recurso a essa ferramenta facilita, entre outras coisas, optimizar a informação dispersa por múltiplas fontes e rastrear aspectos que, por vezes, passam ao largo do observador. Por último, atender-se-á a um estudo de caso, sob vários aspectos, emblemático da realidade historiográfica que se pretende recrear.

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